quinta-feira, 5 de abril de 2012

SONHO BOM


Podia inventar muitas histórias, mas tenho um sonho e nada melhor do que contar a minha própria história, o meu grande sonho!
O meu sonho já tem muitos anos! Tem vindo a crescer comigo. Ainda sou muito nova, bem sei, mas sinto que cada vez se torna maior o que me vai dando força para não desistir ……..
Foi aos 3 anos que tudo começou! Andava sempre aos saltos e a dançar, por todo o lado e em todo o sítio, e a minha Mãe, já um pouco cansada de tanto saltarico, resolveu levar-me a experimentar o Ballet. Nunca imaginamos, eu e os meus Pais, que esse dia fosse o primeiro de uma grande paixão. Mas assim aconteceu. Tudo passou a ser mágico para mim. Os primeiros movimentos, as primeiras piruetas, o momento da dança livre, era tudo tão bom e tão vivido por mim. O estúdio da escola passou a ser a minha segunda casa. Lá eu sentia-me livre e muito, muito feliz!
Fui trabalhando e trabalhando! Todos os dias queria aprender coisas novas. Via as aulas das alunas mais velhas e queria muito fazer como elas. Comecei a definir os meus objetivos!
As apresentações da Escola só acontecem no final do ano lectivo com a realização do espetáculo anual. É nesses momentos que eu tomo consciência do que trabalhei e fico orgulhosa de mim própria. Esse é o momento da minha maior felicidade!
Numa noite, depois de ter o meu espetáculo anual, já deitada, dei comigo a pensar no meu sonho! Eu queria fazer grandes espetáculos pelo Mundo fora! Espetáculos onde conseguisse fazer o que mais gosto!
Adormeci, e sonhei! Sonhei muito…….
Era uma manhã fresca de Junho! Ainda estava a dormir e fui acordada pela minha Mãe.
- Filha, filha acorda!
- Mamã…. Tenho sono. O que foi?
- Então, não te lembras? É hoje……
- Mas é hoje o quê Mamã, não estou recordada de nada? - Respondi eu muito ensonada.
- Hoje é o dia das provas para o conservatório, esqueceste-te?
- Claro!! Como é que não me lembrei!
Levantei-me num salto e preparei-me, o melhor e o mais rápido que pude.
A viagem até Lisboa foi normal. Fui com a minha mãe, de carro. Partilhámos conversas normais. Fomos sempre a conversar. Quando chegamos a entrada eu fiquei arrepiada! Entrar por aquela porta era tudo o que eu mais queria! Lá dentro tudo parecia mágico. As pessoas que se iam cruzando connosco, os corredores, as portas, as paredes…… tudo me encantou. O ar que se respirava, era de muito trabalho e dedicação.
As horas iam passando a uma velocidade muito grande. Eramos muitos para fazer audição. Chegou a minha vez. Os nervos, que eram muitos, desapareceram quando ouvi chamar pelo meu nome. Que estranho, pensei!
Fiz a audição. Percebi o que me tinha acontecido. Quando a música começou a tocar, esqueci que estava a ser avaliada. Senti-me livre, e dancei com toda a minha alma! Foi uma sensação muito boa.
Os resultados só iam ser afixados no dia seguinte. Fiquei com a minha Mãe em Lisboa e tentámos não pensar no motivo que nos tinha levado à capital. Não vou dizer que conseguimos, porque estaria a mentir, mas não foi tão mau como ambas pensávamos.
No dia seguinte, logo de manhã, lá estávamos a entrar outra vez na Casa Mágica! Os nomes já estavam afixados e chegava a hora de ver quem tinha conseguido alcançar a tão desejada nota de entrada. Tive medo de procurar pelo meu nome. Mas lá fui, tentando acalmar-me, consultar a lista. Não quis acreditar da primeira vez. Voltei a olhar e só tive tempo de limpar as primeiras lágrimas que me caiam e correr para a minha Mãe. Eu tinha conseguido! Abracei a minha Mãe com toda a minha força e chorei de alegria com ela.
As aulas começavam daí a um mês. Tínhamos muito trabalho pela frente porque a nossa primeira prova fora de portas era no Natal. A nossa apresentação ia ser no Teatro S. Carlos e tudo deveria estar perfeito. E assim foi!
Depois do sucesso que tivemos fomos chamados a participar num concurso que ia decorrer em Moscovo. Estava a ser tudo fantástico, e eu gostava muito da ideia de ir conhecer outros bailarinos, noutros países.
O dia da partida chegou depressa. Fui com os meus pais para o aeroporto, e a despedida foi muito difícil. Afinal era a primeira vez que ia sair do meu país sozinha! Havia muita coisa que ia deixar para trás por uns dias e que me iam fazer muita falta.
Os meus pais desejaram-me boa viagem e vi-os desaparecer pela porta do aeroporto. Foi muito difícil!
Após algum tempo de viagem tivemos de aterrar, não na Rússia porque havia uma grande tempestade e o avião não podia seguir a rota. Aterramos num sítio muito estranho, muito pobre onde se via crianças a chorar, quase despedias e com fome. Todos nós saímos do avião para ver aquele lugar. Um lugar muito triste, bem diferente daquele para onde devíamos ir.
Fui dar uma volta!
Encontrei uma menina num canto a chorar com uma camisola toda rota e com os calções, que de tão rotos se confundiam com uma saia. Cheguei ao pé dela e perguntei:
- Olá como te chamas pequenina?
-Eu sou a Sofia- disse ela gaguejando, e com muito medo.
Tinha por volta de oito anos. Tentei acalmá-la e mostrar-lhe que não lhe queria fazer nenhum mal. Pedi-lhe que viesse comigo e levei-a para junto do nosso grupo. Com muita satisfação, reparei que os meus outros colegas e o professor que nos acompanhava, tinham junto deles outras crianças. Estávamos todos preocupados com aquela situação, e começamos a trocar ideias para ver o que poderíamos fazer.
Apresentei ao professor a minha ideia:
- E porque não tentamos ir para a Rússia, fazer o espetáculo que tínhamos para o concurso em algumas cidades, tentando arranjar dinheiro para ajudar estas crianças?
O Professor e os meus colegas concordaram com a minha ideia. Mas antes de partirmos, devíamos deixar algo que marcasse a nossa preocupação. Corremos para o avião a buscar comida que distribuímos pelas crianças que tínhamos próximo de nós.
Entretanto o piloto já tinha conseguido ter a nossa localização e estávamos muito próximo da fronteira com a Rússia.
Levantamos voo e rapidamente chegámos a Moscovo. No aeroporto estavam algumas das pessoas da embaixada à nossa espera. O professor apressou-se a pedir que nos levassem para o hotel, e a ele para a embaixada onde necessitava de ter uma conversa urgente com o Sr. Embaixador. Tudo parecia estar a correr bem!
O concurso correu muito bem. Tivemos uma boa classificação, mas o mais importante para nós era conseguir mostrar o nosso espetáculo mais vezes. E assim foi! Tivemos cinco cidades que nos receberam. As bilheteiras dos espetáculos foram muito boas o que nos permitiu amealhar muito dinheiro. A juntar a isso, houve ainda algumas pessoas que, quando souberam a finalidade que íamos dar as receitas, nos quiseram ajudar com ofertas de dinheiro extra.
O pequeno país “Sem Nome” foi tomando forma. Começaram a aparecer casas, uma aqui outra ali, as crianças começaram a andar mais vestidas e limpas e conseguimos que tivessem comida.
Passados dois meses regressamos e tudo estava diferente, lindo!
O Professor decidiu abrir uma escola de dança e convidou-me para ficar por lá. Não consegui resistir e durante cinco anos fiz do país “Sem Nome” o meu pequeno mundo. Nada era igual! As pessoas, desde os mais novos aos mais velhos, andavam com um sorriso gigante na cara e os seus olhos brilhavam como duas gigantes pedras preciosas. As pessoas tinham um ar feliz e de quem tinha começado uma vida nova!
Um ano após a nossa chegada, e para comemorar, fizemos um grande cordão humano, fotografado e mostrado a todo o mundo.
Sofia ficou sempre comigo. Tornou-se a minha maior amiga e uma das principais bailarinas da escola.
De repente…………. Acordei!
Sentei-me na cama e relembrei tudo o que tinha passado durante aquela magnifica noite!
Percebi que tinha juntado no meu lindo sonho a maneira de fazer as pessoas felizes e de as ajudar!




Kika

domingo, 30 de janeiro de 2011

Uma Aventura na Casa Assombrada






Numa noite, 4 amigos, chamados Chico, Teresa, Luísa e João foram para casa de uma prima de seu nome Rita. Ela era prima das gémeas, Teresa e Luísa. Tinham ido para lá passar as férias de Verão!

No dia seguinte, foram fazer escalado para um parque, corta mato e uma olhadela à mata. O Chico, sempre aventurosos, andou a dar voltas na mata e, por entre ervas e flores surgiu uma casa grande, mas um pouco velha. Foi a correr ter com os seus amigos.

Quando chegaram a casa da Rita, o Chico disse:

- Nem sabem o que acabei de descobrir! Uma casa, um pouco velha, mas enoreme e acho que desbitada.

A Rita não hesitou e foi à procura de informações sobre aquela casa e nem acreditam o que descobriu!

- João, Chico, Teresa, Luisa aquela casa era do meu Avô e está desabitada. Também penso que está assombrada. tenho outra coisa para vos dizer. O meu Pai separou-se da minha Mãe e agora tem uma namorada que não me parece nada, mas mesmo nada simpática. Tenho a impressão que deve andar a tramar alguma coisa!

Na noite seguinte, os miúdos meteram-se a postos e com as suas bicicletas foram até áquela casa. Com o Chico na frente chegaram lá "num abrir e fechar de olhos". Entraram e começaram a escutar uns barulhos esquisitos.

- Vamos fazer assim: Rita, tu vens comigo. Teresa, Luísa e João, voçês ficam juntos. Um "walkie talkie" para cada grupo e, se alguém vir algo de estranho deve avisar!

O Chico e a Rita viram a tal mulher, a Sandra, que ia casar com o Pai da Rita . Junto dela estava um homem sem muito bom aspecto; eles tinham várias pistolas. A Sandra apercebeu-se de que estava por alí alguém. Os miúdos avisaram os outros. Por sorte estava alí a passar o tio da Rita. Ouviram-se vários tiros, mas ninguém se aleijou, graças a Deus!

O dia seguinte foi calmo, fizeram bolos e por isso não se lembraram da casa, mas não pensem que foi esquecida.

Nessa mesma noite voltaram àquela casa. Mas a surpresa foi que o grupo das gémeas e do João foram postos numa sala cheia de espelhos, não conseguindo sair de lá. A Rita encontrou um colar com uma pérola vermelha, mágica.

De um momento parea o outro, começou uma trovoada enorme. Pouco depois, o Chico e a Rita foram levados para a mesma sala. A Teresa e a Luísa disseram em coro:

- Não conseguimos sair! Bolas!

- Conseguimos sim. este colar vermelho faz com que nos possamos por cá dentro e depois, se nos atrirarmos contra os espelhos ficaremos livres!

- Bela ideia, Rita ! - disseram todos.

Fizeram mesmo isso! As gémeas lutávam muito bem e os outros também. A Rita escondeu-se, telefonou ao Pai e disse-lhe que tinha descoberto uma coisa favtástica em casa do Avô. O Pai foi lá ter. Ele era polícia. A Sandra e o Angélico foram presos.

A Mãe da Rita voltou para casa e os três viveram felizes por muitos anos.





(Contando por palavras suas um filme que tenha gostado muito)

Kika



14 de Janeiro de 2011

domingo, 23 de janeiro de 2011

Um Bom Coração


Olá !

Venho contar-vos um bocadinho da vida de uma menina muito bonita e especial.
Nasceu a 4 de Setembro de 1837.
A sua casa parecia um palacete. Viveu numa família rica, cheia de amor e ternura.

Sua Mãe, querida e meiga, deu-lhe atenção e carinho. Ensinou-a a tocar piano, a ler em Francês e a pintar. A menina mostrava que gostava de tudo o que aprendia. De dia para dia, eram cada vez mais as coisas que lhe agradavam.
Certo dia, uma forte dor lhe atacou o coração e ela adoeceu. Com muita força e muita oração foi melhorando.

Dedicou a sua vida aos mais necessitados, a todos, tanto aos pobres como aos ricos. O seu lema era ajudar quem precisasse, continuando sempre a lutar pelos seus ideais. E assim conseguiu realizar os seus sonhos: tornou-se uma Irmã Especial.
Faleceu a 8 de Janeiro de 1916.
Seu nome era Teresa de Saldanha.

Leiria, 23 de Outubro de 2009

Kika

Uma noite de Reis


Há mais de dois mil e dez anos, três Reis Magos ouviram dizer que ia nascer o Salvador. Claro que os Reis Magos o queriam ir visitar. Esses três Reis chamavam-se Belchior, de raça branca, Gaspar, de raça amarela e Baltazar de raça negra.

Numa noite, a 6 de Janeiro, os Magos partiram para Belém para verem o Salvador e foram guiados por uma estrela muito brilhante. Quando chegaram, viram um grande castelo e pensaram que era ali que nascera o Salvador. Entraram e a estrela desapareceu, porque estavam no sítio errado.

Logo de seguida viram o Rei Herodes e perguntaram-lhe se sabia onde estava o Salvador, o Rei dos Judeus. Ele ficou furioso e disse que ele é que era o Rei. Depois lá se acalmou e disse para irem e quando encontrassem o Menino, fossem lá porque ele também o queria ir adorar.

Eles lá foram e a estrela apareceu de novo. Quando chegaram perto de Jesus entregaram-lhe os presentes.

Belchior ofereceu Ouro que simbolizava a nobreza de Jesus, Gaspar deu Incenso, perfume para o Deus Menino e finalmente Baltazar entregou Mirra, que era uma resina de uma planta utilizada para perfumar e embalsamar.

Se eu fosse Rei Mago, oferecia muita felicidade, porque queria que Ele fosse muito Feliz !



Leiria, 6 de Janeiro de 2010

Kika

Um encontro entre a Romã e a Uva













Olá a todos.



Hoje venho contar-vos um encontro entre dois frutos, que moravam na mesma aldeia chamada Outono.


- Olá Uva, estás boa?


- Sim, estou! - responde a Romã - E tu, como tens passado?


- Tenho passado bem, obrigada. Este calor é que, às vezes, me deixa um pouco aborrecida!!


- Também acho! Até parece que este ano não tenho tanto sumo. Mas olha, continuo docinha e espero continuar com o meu sucesso!


- Sabes, esta é a altura em que me colhem para fazer vinho. Como tem estado muito calor, não tenho muito sumo, mas contínuo a achar que , com o pouco sumo que tenho, as pessoas vão ver que o vinho será bom. Isso deixa-me feliz!


- Já se está a fazer tarde. Tenho de ir descansar. Gostei de te ver. Adeus!


- Eu também. Adeus!






Leiria, 17 de Outubro de 2009


Kika

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Um Sonho de Pequenina


Quando era pequenina, 4 ou 5 aninhos, tive um sonho.


Um sonho com uma Estrela ,uma estrela que era amiga, uma Estrela que era brilhante e corajosa.


Ela quis que eu fosse com ela ao Céu para conhecer as suas amigas e os seus pais.


Pois claro, tive medo, mas acabei por ir com ela.


Estive lá muito tempo.


Tive uma aventura! Debaixo do Céu havia um mar e nesse mar havia um buraco chamado "profundezas do desespero" e a minha amiga Estrela caiu lá para dentro.


Tive de ir à Estrela Raínha e ela disse-me que para eu a salvar tinha de trocar as minhas pernas por uma cauda.


Disse que não ao início, mas era a única forma de salvar a minha amiga. Disse sim à Estrela Raínha e ela mandou-me uma companheira.


Foi muito difícil ,mas conseguimos.


Fui nomeada a Raínha das Estrelas e todas as noites nos meus sonhos recebo uma carta das Estrelas, minhas amigas.


E assim foi o meu sonho!


Leiria, 25 de julho de 2010

Kika

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

A minha Mãe


A minha Mãe é querida e eu adoro-a.

Queria passar um dia inteiro, inteirinho com ela porque gosto muito dela.

Ela é muito simpática, amiga e gira.

Às vezes aborrece-se um pouco comigo e com o meu irmão, mas eu gosto à mesma muito dela.

Gostava que a minha mãe fosse professora na escola.

Adoro a minha querida mamã. Sinto que é inteligente, amável e muitas, mas muitas outras coisas lindas.







Kika

Leiria, 27 de Março de 2009